segunda-feira, 13 de julho de 2015

Home School - vamos lá perder a cabeça

Como já se devem ter apercebido, o Salvador está constantemente doente, e sai à sua rica mãe no que toca as alergias, tanto cutâneas como a medicamentos. Já relatei lá na outra barraca, o sacrifico que é para lhe dar o antibiótico que ele tolera, e por isso tomamos uma decisão drástica e que nunca esperei vir a tomar - spoiler alert, está no título-, a partir de Setembro vamos passar a fazer Home School.
Foi uma decisão que nos custou muito tomar, principalmente por três razões, em primeiro lugar, a lontrinha gosta mesmo muito de ir para a escolinha, adora os funcionários e os colegas, consigo contar pelos dedos de uma mão as vezes que ele me fez birras para não ir. 
Depois, claro a aprendizagem, ele aprendeu tanto, mas tanto, nestes dois anos. Por vezes gostaria que vocês aí desse lado o conhecessem, e não é por ser meu filho - pois, para nós mães os nossos filhos, são sempre os top das salas, sabem sempre mais, e fazem sempre melhor, e quando crescerem vão ser pequenos Einsteins -, mas o puto é mesmo inteligente e desenvolveu uma capacidade de raciocínio excelente para meio palmo de gente, apesar de ser um pouco desastrado na coordenação motora, nós admitimos que as educadoras e auxiliares fizeram-nos a maior parte do trabalho, pois o quando o "metemos" na creche aos 9 meses tínhamos  um pequeno vegetal.
E por último, e talvez a razão que nós deixava mais com um pézinho atrás em relação a isto do Home School, ao facto de ele passar a ficar só comigo. Explicando melhor para isto não ter uma má interpretação, eu amo a minha lontra gordinha acima de tudo neste mundo, mas como qualquer mãe, existem momentos em que preciso mesmo de descansar, de ter momentos para mim, mas estou totalmente ok, em abdicar deles, para o bem estar do Salvador, tenho é medo que o apego por mim se intensifique ainda mais, e este apego é aquele menos positivo, aquele que já vem a acontecer cá em casa, por exemplo, cai e só para de chorar quando o pego ao colo, só adormece se estiver ao meu colo, só toma banho em condições e sem birras se for eu a dar-lho, só come a sopa sem dramas se for eu, não sei se me estou a fazer entender, não quero de todo parecer ingrata, mas o facto da lontra estar na escolinha ajuda-o a ser mais independente e tenho medo que com este novo método que vamos aplicar, que venham a existir regressões tanto na autonomia como na aprendizagem.
Mas no mês passado, atingi o meu limite, depois de vários avisos à educadora e auxiliares para terem cuidado com o facto do Salvador acordar sempre suado da sesta - para terem uma ideia, é como se ele tivesse acabado de sair de dentro de uma banheira-  e ter pedido diversas vezes para lhe mudarem a roupa, que ele se constipa com muitíssima facilidade e que depois não existem muitos antibióticos que ele posso tomar. Ele constipou-se desenvolveu uma amigdalite e uma otite interna, depois disto, de muito pesquisar sobre o assunto, chegamos à conclusão que iríamos mesmo tira-lo por agora da creche, queremos que ele volte, até porque a legislação (assim que encontrar o decreto lei faço hiperligação!) assim o obriga, aos quatro anos, todas as crianças devem entrar para a creche, quer seja numa pública ou numa privada.
Assim com esta decisão tomada, comecei a vasta pesquisa de actividades para fazer uma espécie de plano curricular. Aderi a uma data de grupos sobre o assunto no facebook, já seguia uns quantos blogs e vlogs, mas passei a seguir ainda mais pessoas, que também optaram por este meio de ensino. Mas a busca nunca para, por isso se souberem de actividades é favor de avisar.
Irei fazer alguns post sobre as actividades que já tenho preparadas, para vocês verem e me darem a vossa opinião.
Por falar em opinião, o que acharam da nossa decisão?

2 comentários:

  1. Acho que foi uma decisão custosa mas necessária porque a saúde do Salvador está em primeiro lugar e realmente com as recaídas todas que ele tem tido não estava a ver a coisa a ficar bonita para os vossos lados. De qualquer das formas esse apego que relatas preocupa-me pois vejo isso no meu irmão que, com 13 anos, é completamente dependente da minha mãe. Já cheguei até a contar que ele dorme a noite inteira com a mãe desde sempre, e já tem a idade que tem... Recusa-se a ficar sozinho em casa e até para o banho é preciso que seja a mãe a mandá-lo ir e a preparar tudo desde a roupa para vestir depois às toalhas... É um apego doentio e que eu sinto que o prejudica e vai prejudicar ainda mais conforme os anos forem passando e ele tiver de enfrentar o mundo real porque ele nem um «não» está habituado a ouvir e tem sempre a mãe para o proteger de tudo e fazer tudo por ele. Neste sentido é preciso ter cuidado com isso porque é de pequeninos que eles apanham as manhas querida. Acho que há que começar a contrariar esse apego dele e obrigá-lo a saber aceitar também o pai e a motivá-lo a fazer pequenas coisas sozinho. A partir dos 4 anos até já é aconselhável que o incutas a ajudar-te a fazer a cama contigo, por exemplo, de forma a ir aprendendo. Não sei ao certo que idade tem ele, mas por exemplo, quando forem dar-lhe banho podem começar por lhe pedir que leve a toalha para junto da banheira e desta forma ele começa logo a fazer parte das lides domésticas. Além disso acho importante que mesmo que ele faça birra vocês o forcem a aceitar que o pai também lhe pode dar banho se assim for necessário. Mas pronto, isto é a minha opinião, eu nem sou mãe :) mas o apego das crianças às mães mete-me um pouco de «medo» exactamente pela relação que vejo de dependência que o meu irmão tem da mãe

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  2. Apaguei, sem querer, o seu comentário lá na nossa barraca! Sorry! A parte boa foi que bom conhecer esta! :) beijinhos!

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